Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) na folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) revelou que dez pessoas já falecidas continuavam registradas como servidores ativos, recebendo salários normalmente. O levantamento abrange o período de janeiro de 2021 a dezembro de 2023.
Além da presença de falecidos na folha, a auditoria identificou outras graves irregularidades na gestão de pessoal da Alepi. Entre os principais achados estão:
- 186 servidores com indícios de acúmulo indevido de cargos públicos, totalizando mais de R$ 1,4 milhão pagos apenas em dezembro de 2023;
- Três servidores efetivos com mais de 75 anos, idade máxima permitida pela Constituição para permanência no serviço público;
- 15 servidores recebendo benefícios sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família, mesmo com salários incompatíveis com os critérios dos programas;
- Oito servidores com jornada de trabalho incompatível, seja por domicílio distante, seja por vínculos simultâneos com a iniciativa privada durante o expediente da Alepi.
A análise do TCE-PI abrangeu mais de R$ 651 milhões em recursos e avaliou a estrutura remuneratória de cerca de 2.167 servidores, em média, ao longo dos três anos.
Segundo o TCE, parte da fiscalização foi prejudicada pela falta de documentos e informações por parte da Alepi, o que será avaliado no processo de contas de 2023.
O acórdão com todas as constatações e recomendações foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros do TCE e está disponível no site do órgão.
A Assembleia Legislativa do Piauí informou que já tomou conhecimento das recomendações da Corte de Contas relacionadas ao período 2021 /2023 e está adotando todas as providências para o seu cumprimento.
Com informações do Piauí Hoje
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