Cremerj decide suspender anestesista acusado de estuprar paciente.
O Conselho Regional de Medicina do Rio de
Janeiro (Cremerj) aprovou, em reunião plenária, nesta terça-feira, (12), a
suspensão provisóriado médico Giovanni Quintella Bezerra, após ter acesso às imagens de estupro de uma
paciente, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense. O médico foi preso em flagrante denunciado por ter
estuprado uma mulher durante o parto no centro cirúrgico, no domingo (10).
Com a decisão, o
anestesista fica impedido de exercer a medicina em todo o país. Segundo o
conselho, a medida é um recurso para proteger a população e garantir a boa
prática médica. Em paralelo, está sendo instaurado no Cremerj um processo
ético-profissional, cuja sanção máxima é a cassação definitiva do registro.
“Firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que
fosse possível e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é
estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso
comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos
agir com a celeridade que o caso exige”, disse, em nota, o presidente do
Cremerj, Clóvis Munhoz.
Em audiência de custódia hoje, a juíza Rachel Assad indeferiu a
liberdade provisória e converteu a prisão em flagrante em preventiva. O
tribunal informou que o processo tramita em segredo de Justiça para preservar a
identificação da vítima. Na decisão, a juíza destacou a gravidade do ato
praticado pelo médico.
“Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a
lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a
equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença
de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que
contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor
mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que
assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, disse a magistrada.
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