Daqui a exatamente um mês, no dia primeiro de julho, duas unidades de atendimento da Receita Federal no Piauí deixarão de funcionar. Uma portaria da Receita estabelece a suspensão por dois anos de nada menos que 16 unidades no Brasil, entre elas as de Piripiri e de Oeiras. O documento foi assinado no dia 26 de maio.
Para os
auditores da Receita Federal trata-se de um desmonte do órgão, que pode
implicar sérios prejuízos para o país porque compromete o funcionamento das
bases de fiscalização e arrecadação tributária.
A delegacia da
Receita que havia em Floriano já foi reduzida à agência. Agora, Piripiri
contará apenas com um posto e, em Oeiras, a estrutura deve fechar de vez.
Auditores fiscais federais reclamam que estão trabalhando sem estrutura. Por
falta de recursos, as condições de trabalho vão se tornando cada vez mais
precárias. Isso em um momento em que as contas públicas passam por grandes
dificuldades para atingir o equilíbrio.
Mas o desmonte
não se dá apenas nos órgãos de arrecadação. O bloqueio de 14,5% nas verbas destinadas
às instituições de ensino superior representam um duro golpe na educação
brasileira, justamente no momento em que estão voltando as aulas
presenciais e os alunos precisam recuperar o tempo perdido durante a pandemia.
No caso da Universidade Federal do Piauí, esse corte chega ao valor de R$ 15,5
milhões. A reitoria da UFPI informa que se esse bloqueio permanecer até o mês
de setembro enfrentará sérias dificuldades.
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